terça-feira, 27 de agosto de 2013

Tu mulher

Tu mulher prenda maravilhosa merece muito mais elogio, merece tudo considerado de bom. Essas humildes palavras que deixo para ti como uma simples homenagem, é apenas uma ínfima parte daquilo que tu mereces.
Eu dedico esses humildes versos para vocês mulheres.
Tu mulher formosura da criação.
Tu que atrai, provoca paixões, leva a loucura.
Surges no meio da loucura trazendo calmaria e tranquilidade.
Mulher tu que vezes provocas incêndios, e apaga as chamas.
Pode ser amarga como fel, e mais doce que o mel.
Tu mulher que acelera as pulsações, e traz alivio aos corações.
Esses contrastes fazem de ti uma grande preciosidade.
É a essência que encanta e transforma brutos em amáveis, pois afinal eles também amam e o amor pode transformar.
Tu mulher não escolhe tempo, lugar ou situações. É sempre companheira.
É mérito teu ter os mesmos direitos que eles.
A mulher pode parecer mais frágil, mas o teu poder de seduzir é incomparável.
Mulher a tua beleza não está em afeições, corpo físico, cor, raça, ou posição social.
És como o botão de rosa, que apesar de ser admirável, não se compara com a beleza do seu interior, pois quando se desabrocha, então mostra toda sua formosura, delicadeza e admiração.
O melhor de ti esta no teu interior, pois ao brotar da tua mente e coração, desabrocha no teu exterior toda a tua beleza e qualidades.
As florestas e vales são enfeitados e perfumados por belíssimas flores.
Tu mulher, é como pétala de rosa que enfeita e perfuma os lugares por onde passas.
Tu és a flor que às vezes falta no jardim da vida do homem.
Mulher, com tua delicadeza, jamais se admite nenhum tipo de agressão, nem fisicamente e nem moralmente, em qualquer lugar do planeta, nem mesmo que venha a ser tradição.
Tu mulher incansável, trabalha, cuida da casa, cuida dos filhos, cuida do teu companheiro, e ainda apaga incêndio e conflitos da família, utilizando todo teu carinho e amor.
Mulher não mede esforços para ajudar alguém naquilo que é possível.
Eu curto e admiro o nascer e o pôr do sol, as noites enluaradas, as florestas com suas cascatas, a sinfonia dos pássaros, mas não se compara a ti mulher, maravilhosa criação.
Certamente entre as existentes belezas naturais, tu és a mais formosa.
Mulher se a caso a tua presença se tornasse escassa, a humanidade deixaria de existir.
A tua presença é fundamental na permanência da humanidade.
Não podes ser agredida nem com pétala de rosa.
Desejo que nunca falte em ti a paz e o amor.

Há coisas...

"Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo.
O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixonade verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios.Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há,estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida,o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar.
O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado,viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não.
Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."