quarta-feira, 1 de setembro de 2010

delicadezas.

Delicadezas.

"Hoje, nosso tempo é outro. Tempo de dores mais persistentes e mais doídas. Tempo de medos e feridas abertas e expostas. Tempo sem porta de saídas. E de corredores cada vez mais estreitos. Mas é aí que mora o fio da meada. É aí que vive a motivação. Porque o difícil pode esconder também beleza. (...) Por isso mesmo que te faço o convite. De sair nos dias com os pincéis que nos cabem. Para pintar o mundo do jeitinho que a gente gosta. Para deixar tudo assim, no tom do anil. E bordar delicadezas no tecido áspero das horas. E, amanhã, cabe a nós o dom de contornar as agruras da vida. A cultivar a sementinha da boa esperança num vaso que fique sempre à mostra. A morrer de amor quantas vezes quiser, sem se perder por isso. Porque uma coisa eu digo: a gente não morre de amor. A gente vive".

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