Tradição Segundo a tradição, a Festa das Fogaceiras teve origem num voto ao mártir S. Sebastião, quando, em 1505, as terras de Santa Maria foram assoladas por um surto de peste e o povo prometeu que, em troca de protecção, ofereceria ao santo, todos os anos, o pão doce chamado fogaça. S. Sebastião tornou-se assim o santo padroeiro de todo o condado da Feira. No entanto, o povo deixou de satisfazer a promessa que lhe fizera, tendo deixado de fazer a entrega da fogaça entre 1749 e 1753. Mas, porque a peste regressou às terras de Santa Maria nesse período, a tradição voltou a cumprir-se, sem nenhuma outra interrupção até à actualidade. Festa e procissão solene realizam-se na sede do concelho de Santa Maria da Feira, no dia 20 de Janeiro, Feriado Municipal.
Benção das Fogaças A celebração tem início com um cortejo cívico dos Paços do Concelho para a Igreja Matriz, no qual se integram autoridades civis e dezenas de crianças – Fogaceiras – vestidas de branco, com faixas à cinta de variadas cores, e que transportam à cabeça cada uma, uma das Fogaças do voto – doce regional, feito com farinha de trigo e cujo formato foi inspirado nas quatro torres do castelo. [Image]As fogaças são enfeitadas com pequenas bandeirolas de papel metalizado que lhe oferecem uns aspecto singular. Três das crianças transportam fogaças de tamanho grande, que serão oferecidas – uma ao prelado da Diocese, outra em fatias às pessoas distintas da cidade, e a outra aos presos da cadeia – outra das crianças transporta o tabuleiro com as velas do voto e ainda outra com a miniatura do Castelo da Feira, em madeira. Segue-se a missa solene na Igreja Matriz, cantada, com sermão, onde as fogaças são benzidas
Procissão À tarde, a cidade é percorrida por uma imponente procissão onde se integram as Fogaceiras (cerca de 300 meninas envergando vestidos brancos com faixas de cetim colorido à cintura e transportando à cabeça, num circuito pelo centro da cidade, as fogaças), os andores de S. Sebastião e de Nossa Senhora e todas as colectividades do concelho.
Nos tempos mais remotos, no fim da procissão, as crianças mais desfavorecidas partiam a sua fogaça benzida em fatias e distribuíam pelas pessoas mais abastadas, os grandes lavradores, os quais lhes retribuíam ofertas. Hoje comprei uma para lembrar o dia vos digo é um doce muito bom. Bom apetite.
A minha fogaça.
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
parabéns!!!ja me deu fome
ResponderEliminarAqui na minha cidade e´tb comemorada a festa de São sebastião e a cidade fica toda cheia de turista e assim ainda posso dizer q nas festas populares aqui analisadas,festas de padroeiros,carnaval é característica a imbricação entre o sagrado e o profano, cujo entendimento implica considerá-los em conjunto. São exatamente as fronteiras pouco definidas desses campos que oferecem margem às práticas devocionais, às orações, às simpatias, igualmente à diversão, ao lazer e à bebedeira, constituindo-se em momentos importantes de sociabilidade, mas também de resistências e contestação.
ResponderEliminarFOGAÇA
ResponderEliminarDEVE SER UMA DELICIA...NHAC..NHAC...QUE FOME ME DEU