"Está a terminar o ano de 2010, um ano que foi difícil para muitas famílias. No meu país, muitas pessoas ficaram sem emprego e sem esperança no futuro. O desemprego continua a atingir muita gente. A incerteza do futuro é, por isso, a única certeza que temos para 2011. Sou humano, mas antes disso sou um ser humano que pensa no sofrimento dos outros. Gostaria que dependesse de mim a resolução dos problemas dos outros, mas não tenho uma varinha mágica que me permita desenhar um mundo mais justo, mais equilibrado e mais solidário.
O que posso fazer, e faço, é desejar que o ano 2011 não tenha um impacto tão negativo na vida das famílias, como aquele que se prevê. Sinto sobretudo daqueles que mais têm, para com os mais desfavorecidos. Não ter como alimentar os filhos, não ter como pagar as despesas, é uma provação a que ninguém devia estar sujeito. E, francamente, posso estar a ser idealista, mas acredito que todos podemos mudar o mundo e, principalmente, não aceito que a pobreza, a fome, a guerra sejam inevitáveis. O problema é a ganância das pessoas e a forma como se esquecem dos que mais precisam.
Vivemos num Mundo em que quanto mais se tem, mais se quer ter. Temos de parar um pouco e olhar à nossa volta. Olhar o sofrimento de crianças a morrer de fome, de pessoas indefesas perante a guerra e de famílias sem acesso ao emprego e aos mais elementares meios de sobrevivência. O ano de 2011 vai exigir muito de nós. Está na hora de construir um mundo mais solidário e mais justo. É o que espero do Ano Novo e é o que vou exigir de mim próprio.
Feliz Ano Novo
Carlos Resende.
sábado, 1 de janeiro de 2011
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MUITO AGRADECIDA POR ESTAS PALAVRAS Q ME FAZEM REFLETIR A VIDA ,O MUNDO,NÓS Q AQUI VIVEMOS.ENTÃO DEIXO AQUI UMA POESIA DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE:
ResponderEliminarANO NOVO
Para você ganhar um belíssimo Ano Novo,
cor de arco-íris ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo tempo já vivido
(mal vivido ou sem sentido)...
Para você ganhar um ano não apenas pintado de novo,
remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)...
Novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha ...
Você não precisa beber champanha
ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagem ? manda telegramas ?)...
Não precisa fazer lista de boas
intenções para arquivá-la na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas,
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança,
a partir de Janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados,
começando pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo,
eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você
que o ANO NOVO cochila
e espera desde sempre.
FELIZ 2011
SISSI