Não há um ser humano sequer em nosso planeta que não já tenha perdido a calma, a serenidade e a razão. Não existe pessoa que não tenha sofrido, chorado, se machucado. Também não há quem nunca feriu e fez sofrer. Somos todos um punhado de bem e de mal que, diluído aos nossos sentimentos, transformam-se em uma vitamina de ideias, acções e consequências.
Somente depois que tudo passa, ou praticamente tudo, percebemos o quanto de errado e de certo fizemos em determinadas ocasiões. Aprendemos a entender a parte que está dentro de nós e criamos paciência para esperar a outra parte do entendimento, que está espalhada por todo o resto do mundo. As suposições tornam-se escassas, a mente começa a buscar novos objectivos, o corpo passa, lentamente, a descansar em paz todas as noites.
Numa busca voraz pela felicidade, esquecemos-nos de que ela nunca durou e nem nunca vai durar para sempre. Momentos felizes existem, tristes também. Mas podemos viver momentos tristes ou felizes em paz. Essa sim deveria ser a verdadeira busca. A pela plenitude do espírito e a da coragem de brigar pela trégua dos conflitos internos e externos.
Lamentamos, muitas vezes, por estarmos em certas situações. Entretanto, não há ninguém suficientemente forte para nos manipular e nos fazer afundar. Estamos onde estamos por sermos o que somos. Somos o que somos porque queremos ser. A vida é uma moeda. Em qualquer escolha, sempre haverão duas faces, dois caminhos, o bom e o ruim, o dia e a noite, o cara e a coroa, o maior paradoxo que a vida já pode nos dar. Quando nossas escolhas caem com a face para o desconhecido, sentimos medo por perder a aposta. E quando há uma sequência de perdas, a mente torna-se frágil, carente e tudo o que acontecer de ruim pode acabar por parecer ser a pior coisa que já nos aconteceu.
Aprende melhor quem aprende errando. Vence melhor quem sabe como é perder. Por isso que o melhor nem sempre é aquele que vence sempre. A dor da perda nos deixa mais viril. O arrependimento dos erros nos fazem compreende-los melhor e não repeti-los.
"Se queremos algo, que seja na subida, pois as decidas são fáceis demais, rápidas demais"
Sempre só daremos valor àquelas coisas que são difíceis de se conseguir. Foi assim, é assim e sempre será assim.
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
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