sábado, 27 de agosto de 2011

Ao pé da velha figueira.


Sentado ao pé da velha figueira me pego a lembrar:
Das águas do riacho cristalino que ali perto passava.
Da mata exuberante que o protegia com suas mais variadas plantas.
Canto dos pássaros que nela habitavam.
Dos meus amigos que por ali comigo brincavam....
E descubro numa triste realidade que o riacho já não é mais cristalino...
Que as matas já não são mais exuberantes...
Que o canto dos poucos pássaros que ali estão já não é mais o mesmo...
E os meus amigos?
Cadê?
Onde estão?
O destino encarregou-se de espalhá-los pelo mundo....
E hoje voltando ao velho pé de figueira descubro que ele também já não é o mesmo, na sua imponência sente a idade ou a saudade?
Ah! Se a velha figueira falasse...
Falaria do tempo em que a escalávamos e ali fazíamos travessuras?
Falaria quantas vezes seus galhos se envergaram para dali pularmos no riacho cristalino e nos refrescarmos?
Falaria dos segredos compartilhados aos seus pés sobre namoricos fuxicos?...
Hoje, junto ao seu pé posso até sentir o quanto naquela época era feliz e o quanto está triste hoje, tentando resistir à destruição e ao abandono.
E se a velha figueira pudesse falar,
Diria...
Que saudade!

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