Olho para o meu relógio e os ponteiros não param. Por mais que a pilha se enfraqueça, ele não para. Sei que um dia vai parar, mas enquanto isso não acontece vejo a vida passar.
É tão sutil a nossa existência neste mundo. Há pouco, éramos crianças, brincávamos de boneca, íamos no parque com nossos amigos e pais, não tínhamos vergonha dos mesmos quando faziam um gesto de carinho em público, nos divertíamos de acordo com aquilo que a nossa imaginação inventava para novas bricadeiras.
Brincar na rua… Ai, ai… Isso era sinônimo de diversão certa. Subir em árvores, pular corda ou rodar pião, jogar a bola ou então jogar a macaca, telefone sem fio, elefantinho colorido, colecionar e brincar com bolinhas, construir legos, estas eram as brincadeiras que estavam mais constantes em nosso dia a dia. O diálogo era composto de duas pessoas, sem aparelhos eletrônicos para intermediar. Não que a tecnologia não auxilie na comunicação interpessoal e na aproximação de pessoas. Mas vamos convir, que muitas vezes as ferramentas da comunicação afastam o convívio das pessoas, afastando-as, assim, de alguma forma.
Nos estudos, fazíamos exaustivas, mas sábias buscas nas grandes enciclopédias, entre elas, a mais conhecida é da Porto Editora. Alguns de nossos pais faziam até um sacrifício financeiro para tê-las em casa com o intuito de auxiliar seus filhos nos estudos. Já que estamos no ramo da educação, vamos relembrar também do papel almaço. Ah, nosso querido papel almaço, companheiro de todos os trabalhos e calos gerados por páginas e mais páginas escritas a punho e que nos faziam aprender o verdadeiro significado do aprendizado. Mas quando o trabalho era um pouco mais elaborado e exigia um pouco mais de dedicação, tínhamos os cartazes para fazer. Quantas tardes, nos reuníamos em casas dos amigos para desenhar cartazes impecáveis para uma apresentação mais impecável ainda para a querida professora… E no meio disso tudo? Ah, sempre tinha a mamãe da amiguinha que fazia um delicioso e suculento café da tarde com todas as guloseimas que tu podes imaginar.
Naquele tempo, sei que isso é coisa de velho, mas digo e repito… Naquele tempo, os ponteiros também não paravam até que a pilha se esgotasse, mas parece que ele passava mais devagar. Será que os minutos se estreitaram? Ou será que o ser humano está desaprendendo a viver com o advento da tecnologia?
As variadas brincadeiras foram substituídas pelo computador com o surgimento, principalmente das redes sociais, prendendo a atenção de crianças e adolescentes a máquinas. As pesquisas baseiam-se no ‘ctrl+c’ e ‘ctrl+v’. Mas e o aprendizado e a educação, onde ficam? Certa resposta! Em segundo plano. As reuniõezinhas em casa para fazer os trabalhos, não acontecem com tanta frequência, primeiro porque temos os bate-papos via internet para resolvermos pequenos entraves e segundo porque já não há mais tantas mamães com tempo livre para supervisionar as crianças em casa e fazer aquele saboroso lanchinho da tarde.
Maquiagem, salto alto, roupas um tanto quanto vulgares e conversas sobre sexo… Tudo isso era coisa de adulto. Bons tempos aqueles em que a única preocupação de ser criança era apenas em ser criança.
domingo, 13 de novembro de 2011
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A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.
ResponderEliminarCharles Chaplin
A vida não é do jeito que queremos, pois as pessoas dificultam, elas querem as coisas do jeito delas, e não sabem esperar a suas coisas no devido lugar.
ResponderEliminarPor isso que muitas vezes muitos quebram a cara achando que devia ser do seu jeito.. Devemos deixar as coisas acontecerem no nosso redor, para vermos e aprendermos.
Não e avançar sem saber no que vai dar, para depois mais tarde não venhamos questionar,porque fiz isso,porque não esperei,porque não pensei,e vários porquês!!
Tem coisas que precisamos passar para aprender..
Aprender é opcional;
Viver é fundamental;
Então viva dos melhores jeito que for preciso, mas não viva como você quer.
É com paciência e sabedoria que temos coisas boas a serem vividas...
qdo se diz que uma pessoa é velha ,faz-se sentir a prisão material em que vivemos ,sempre na expectativa de ouvirmos "velha "pela boca de quem mais amamos ,e foram gerados por nós . A vida não é eterna ,todos um dia iremos voltar a sermos o EU verdadeiro ,ser imortal,com ânsias ,desejos ,alegrias e recomeça o ciclo da vida mterial , não tenhamos portanto vergonha de dizermos que estamos envelhecendo ,sim ,porém com nosso dever cumprido ,deixando nossos prosseguidores que por sua vez um dia também dirão "Estou ficando velho "Eu te amo pela forma sábia que expressas esses sentimentos ,e principalmente porque vc nos ensina a viver . Muito obrigada ,querido , nunca deixe de transmitir tua sabedoria àqueles que não sabem o que é viver ,amar ,ser solidário ,ser amigo ,ser parceiro . Te amo
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