Sou do tempo em que correio tinha uma maior frequência que nos dias de hoje.
Tinha uma lista de aniversários de parentes, amigos, conhecidos ... e lá ia eu com meus cartões até o guichê do correio.
Mesmo que o cartão fosse pro vizinho, ele ia via correio.
Natal então.....eu me deliciava procurando aquele que se encaixava com a pessoa. E buscava sempre uma palavra de carinho.
Nem me preocupava se teria resposta ou não, simplesmente me fazia feliz enviar o que sentia.
Adorava escrever cartinhas pra família distante. E olha que eram muitos.
Com o tempo e as ocupações isso foi ficando raro. Até o momento em que já nem entrava no correio, a não ser para mandar florais para clientes em outras paragens.
A vida tomou outros rumos e o silêncio se instalou.
Até que um dia, na minha caixinha de correspondência vi um envelope que vinha de muito longe. Reconheci a letra e....coração apertado (pois, depois de tanto tempo, poderia ser uma notícia não muito boa), mas qual o que... me encontraram, a família tão distante, deu um jeitinho e me achou e novamente o caminho encurtou.
A partir daí recuperei a família, e hoje com este mundo virtual, tudo ficou muito mais fácil e rápido. Conheço todos os que não conheci, vejo todos que não vi, participo de festas sem estar presente, falo com todos sempre que possível.
O correio...bem, comecei a frequentá-lo um pouquinho mais, Páscoa, Natal e Ano Novo, aniversários.
E por aqui, neste mundo virtual, também já comecei a desvirtualizar...
É tanto o carinho que não deu pra segurar e quando tenho como chegar lá, sem pedir licença, me posto em umas caixinhas de correspondência, aqui e acolá e por aí afora.
domingo, 20 de novembro de 2011
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário