segunda-feira, 26 de abril de 2010

O beijo.

Na vida damos muitos tipos de beijos, e existem inúmeros beijos bons mas todos muito diferentes. Beijos que duram, beijos rápidos mas que ficam horas, dias, meses na nossa memória, beijos sem significado, beijos que antecedem olhares que dizem tudo, beijos que podem ser mais um entre muitos iguais mas que parecem sempre novos, sempre melhores. Beijos que nos fazem sentir um arrepio por dentro, beijos que nos tiram o fôlego. Como dizia uma amiga minha, o verdadeiro beijo do verdadeiro amor é aquele que nos faz “levantar o pezinho” como nos filmes.
Há alturas na nossa vida, que achamos que experimentar beijos diferentes, de amores diferentes irá fazer com que um beijo nos vá surpreender. Às vezes pensamos como será possível passar o resto da vida a dar beijos à mesma pessoa. Isso não vai cansar? O beijo não perderá a piada? E há alturas que descobrimos que algumas pessoas fazem com que os beijos sejam sempre uma novidade, uma experiência única, cada um diferente do outro, cada um melhor que o anterior.
“Aquele beijo” deixou de significar que iremos ser surpreendidos, que será um beijo muito bom, muito melhor que o outro, muito esperado. Os beijos tal como as relações passam a ter significados diferentes, e descobrimos que alguns acontecimentos, mesmo iguais, com a mesma pessoa podem ser sempre uma surpresa, e dão-nos sempre vontade de lá voltar.
Não é “aquele beijo” é “este beijo”, este beijo que começa e parece que não tem fim, que fica preso na memória, que faz com que tudo tenha sentido, que quando acaba não significa que acabou, só significa que daqui a pouco teremos mais, e faz-nos ansiar por ele. Este beijo que começa e aí nos faz sonhar, um sonho possível. Este beijo que será inovador enquanto nós quisermos que seja, que dirá sempre mais alguma coisa, mesmo que já esteja tudo dito e definido.

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